segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O escândalo que “O Príncipe da Privataria” trouxe à tona


Mas em 2002 o inquérito já tinha sido alvo de uma reportagem de Amaury Ribeiro Jr na revista IstoÉ.

O inquérito levantava as atividades de um tal Socimer International Bank, localizado em um paraíso fiscal nas Bahamas, que quebrou no final dos anos 90.
Quatro anos após sua liquidação, investigação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal constatou que havia um registro dele na Junta Comercial de São Paulo, exclusivamente para comercializar produtos de exportação. Foi-se mais a fundo e constatou-se que durante dez anos atuou como banco clandestino, ajudando na lavagem de dinheiro de investidores brasileiros.
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Por está época, o MPF conseguiu – num feito inédito – quebrar o sigilo das contas do Banestado, do Paraná, revelando uma verdadeira usina de lavagem de dinheiro. Os dados foram passados para a CPI do Banestado, que acabou enterrada em um acordo espúrio entre o PSDB e o PT – na figura do relator deputado José Mentor (PT-SP).

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Luis Nassif: Ministro, o senhor acha que é correto pegar uma dívida estável e sem inflação, que é a divida externa, e jogá-la para uma outra dívida, que é explosiva, que pode provocar inflação?
Maílson da Nóbrega: Não, não é correto. A dívida externa brasileira é menos de um terço do PIB [Produto Interno Bruto]. Em termos relativos, a dívida interna brasileira provavelmente é a mais baixa da América Latina. No Uruguai, a dívida externa é de 90% do PIB, no Chile era mais de 100% e agora reduziu um pouco, na Argentina é 80%, no México é 70%. Então, a dívida não é realmente o problema do Brasil. Agora, a redução da dívida pela conversão é um mecanismo adequado para reduzir o estoque da dívida desde que você crie internamente um espaço na política fiscal para evitar um endividamento maior. Qual é o país que obteve o maior sucesso com o programa de conversão? O Chile, porque fez uma política fiscal de contenção e a expansão provocada pela conversão não causou problema. Tivemos problemas porque não houve abertura de espaço na política fiscal. Quando nós lançamos o programa de conversão, a idéia era reduzir o déficit e ir abrindo espaço para uma redução da dívida negociada no mercado secundário com investidores, com empresas do Brasil. Enfim, você obteria um resultado positivo da redução da dívida, sem criar problemas de expansão monetária no mercado.

 do GGN por Luis Nassif

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